Genebaldo Freire
É Doutor em Ecologia pela Universidade de Brasília. Tem trabalhado e produzido, de forma muito profícua, na temática ambiental, especialmente no campo da Educação, firmando-se como uma referência nacional, sustentada por seu extenso currículo. Atualmente, é professor e pesquisador da Universidade Católica de Brasília onde vem desenvolvendo um importante projeto, que é relatado neste livro como uma experiência institucional relevante. Exerceu vários cargos de direção em instituições relacionadas com esta problemática, tanto em âmbito local quanto nacional. É também consultor da Organização Mundial de Saúde (OMS) das Nações Unidas (ONU) e do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), além de contribuir à evolução do debate sobre as questões ambientais no âmbito de diversos órgãos nacionais e internacionais.
Inicialmente, o autor apresenta uma revisão crítica da história da Educação Ambiental (EA) no mundo e no País, a partir do registro e avaliação dos resultados de eventos marcantes, agregando comentários e análises pertinentes. Nesta narrativa histórica ressalta a Conferência de Tbilisi em 1977, que se destacou como marco decisivo no estabelecimento das bases conceituais da EA, identificada como atividade essencial à construção de novos modelos e propostas de desenvolvimento. Sob o ideário da EA seria desenvolvido um novo processo educacional em escala e perspectiva globais.
Livros: Populações Marginais em Ecossistemas Urbanos, Educação Ambiental Princípios e Praticas, Cadernos da Católica, Ecos de um Projeto de Educação ambiental.
Leonardo Boff
Ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1959 e foi ordenado sacerdote em 1964. Em 1970, doutorou-se em Filosofia e Teologia na Universidade de Munique, Alemanha. Ao retornar ao Brasil, ajudou a consolidar a Teologia da Libertação no país. Lecionou Teologia Sistemática e Ecumênica no Instituto Teológico Franciscano em Petrópolis (RJ) durante 22 anos.
Foi editor das revistas Concilium (1970-1995) (Revista Internacional de Teologia), Revista de Cultura Vozes (1984-1992) e Revista Eclesiástica Brasileira (1970-1984).
Livros: Ética e Eco-Espiritualidade, Saber Cuidar: Ética do Humano-Compaixão pela Terra, Oração de São Francisco: uma Mensagem de Paz P., Águia e a Galinha, Tempo de Transcendência.
Roberto Crema
É antropólogo, psicólogo analista e sintetista, criador do enfoque da Síntese Transacional e Vice-Reitor da Unipaz/Brasília. Segundo ele, a crise que testemunhamos é de demolição, lição do demo. Lição da fragmentação, do egocentrismo, da exclusão, da falta de escuta, da perda dos valores fundamentais da espécie. É também uma crise da crisálida, de transição, de espasmos de parto de uma nova consciência.
Para Roberto Crema, há motivos de sobra para as nossas lágrimas e, também, para os nossos risos. Lembrando a sabedoria chinesa, ele afirma que crise significa perigo e oportunidade. Para os despreparados, representa estresse e colapso. Para os bem centrados, significa um trampolim para o aprendizado e a evolução.
Sempre podemos nos preparar para a tarefa de reconstrução, inspirando-nos no lótus, que brota do lodo e o transforma em flor. Transmutar os escombros de nossas torres de Babel do suposto-poder, em pedras de suporte para a edificação de um novo viver, mais integrado, solidário e digno, eis um portentoso desafio do novo milênio.
Roberto Crema, que também é consultor em abordagem holística e ecologia do Ser, diz que cuidar de nossos jovens é, antes de tudo, abrir a nossa escuta para os seus desejos, os seus sonhos, os seus temores, os seus arrepios, os seus amores. Ser capaz do diálogo aberto e franco. Cuidar de nossos jovens é conspirar por uma nova educação que, além de um rudimentar adestramento intelectual, possa colocar a alma e a consciência na sala de aula.
Necessitamos, prementemente, de uma alfabetização psíquica, através de um currículo que inclua a subjetividade e facilite o desenvolvimento das inteligências emocional, onírica, ética, noética, relacional e essencial. Como conclama a própria Unesco, através de recentes e paradigmáticos documentos, urge desenvolver a abordagem transdisciplinar em educação, através de seus quatro pilares: educar para conhecer, educar para fazer, educar para conviver e educar para Ser. Necessitamos, portanto, de uma pedagogia iniciática que, através de uma via interior, facilite que o Aprendiz possa inclinar o coração para aprender a aprender, esclarecendo e nutrindo suas sementes vocacionais, para que possa fazer render os seus naturais e autênticos talentos. Somente os vocacionados estarão preparados para os tremendos desafios deste século, cujas caudalosas águas já navegamos! Cuidar de nossos jovens é, sobretudo, dar um testemunho de um existir mais íntegro e transparente, mais terno, sábio e fraterno. Menos discursos e mais exemplos, menos palavras e mais ações.
Livros: Antigos e Novos Terapeutas: Abordagem Transdisciplinar em Terapia, Saúde e Plenitude: um Caminho para o Ser, Visão Holística em Psicologia e Educação.
Gilberto de Melo Freire
ou apenas Gilberto Freyre - como assinava - nasceu em Recife no dia 15 de março de 1900. Cursando universidade nos Estados Unidos, apresentou a tese "A vida social no Brasil em meados do século XIX" em 1922 - influência para o famoso livro ‘Casa grande & senzala’, onze anos depois - e viajou para Londres e Paris, retornando ao Brasil em 1924. Na cidade de Recife, dirigiu o jornal ‘A Província’, onde teve a colaboração de Mário de Andrade e Manuel Bandeira, e foi assessor direto do governador de Pernambuco, Estácio de Albuquerque Coimbra. Em 1933, lançou o grande sucesso ‘Casa grande & senzala’, causando o mesmo impacto que ‘Os sertões’, de Euclides da Cunha, causara em 1902. Em sua segunda edição, foi apresentado como o primeiro de uma coleção chamada "Introdução à história da sociedade patriarcal no Brasil", mas que logo se separou dos livros ‘Sobrados e mocambos’ (1936), ‘Nordeste’ (1937) e ‘Ordem e progresso’ (1959).
Em 1946, foi eleito deputado e, na Câmara Federal até 1950, foi autor do projeto que criou o Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, sediado em Recife. Em 1950 publicou os discursos parlamentares no livro ‘Quase política’ e fez questão de relembrar que não pertencia a nenhum partido político, embora tivesse sido deputado pela UDN. Gilberto Freyre foi membro do Conselho Federal de Cultura e professor honoris causa da Universidade de Coimbra e de outras universidades estrangeiras e brasileiras. Era declaradamente independente em relação à instituição acadêmica, pós-marxista e acatólico. O escritor e sociólogo Gilberto Freyre morreu em 18 de julho de 1987, em sua cidade natal.
Livros: Casa-Grande & Senzala (1933) ,Sobrados e Mucambos (1935), O Mundo que o Português Criou (1940), Perfil de Euclides e Outros Perfis (1944), Interpretação do Brasil (1947) Ingleses no Brasil (1948), Quase Política (1950), Ordem e Progresso (1959), Manifesto Regionalista de 1926 (1952), Arte, Ciência e Trópico (1962), Vida, Forma e Cor (1962), Heróis e Vilões no Romance Brasileiro (1979)
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